fevereiro 25, 2010

Lisboa!

Se alguém pensar que já leu este meu post num outro local, tenho a dizer que sim é verdade mas a autora do mesmo sou eu! Coloquei o mesmo num outro Blog que assim como nasceu, também morreu, o porquê, não interessa!!

Talvez não o devesse publicar aqui, acho que estou a cometer um erro em fazê-lo, mas como nos últimos tempos tenho cometido tantos, aqui vai mais um.....paciência! E como é meu, apesar de não ser nada de especial, fui eu que o escrevi, portanto fiz copy paste e aqui vai!  



- “eu”: este espaço em branco é porque .......escrevo, apago, apago, escrevo e socorro...........não me sai nada, acho que sou muito melhor a ler o que os outros escrevem e dar as minhas opiniões do que a escrever...eu bem que avisei!

Lisboa:

Andando pelas lindíssimas ruas da nossa cidade – Lisboa – tenho a sensação que ando numa cidade completamente abandonada, perdida nas suas 7 colinas, sempre à espera que o Sebastião a venha salvar! Conhecendo algumas cidades estrangeiras e todas elas com a sua beleza, digo e redigo que a nossa cidade é bela, com recantos e cantos que nos levam a imaginar os tempos outrora, miradouros com vistas deslumbrantes, únicas, que nos proporcionam um belíssimo pôr e nascer do sol que nos faz pensar: estou aqui! Estou vivo! . Subir e descer pelas ruelas estreitas, tão estreitas que quando passamos por alguém quase que ouvimos o bater do seu coração, bairros singulares, tão singulares, que ainda hoje em pleno século XXI podemos ver num dos bairros mais típicos de Lisboa mulheres a lavar a sua roupa singela em tanques públicos (somos deparados com esta imagem porque infelizmente ainda existe pobreza na nossa cidade, mas também devido ao mínusculo espaço de algumas casas destes bairros que faz com que não tenham um “buraquinho” para colocar uma simples máquina de lavar roupa (aqui reconheço que me senti mal, porque mesmo tendo tudo aquilo que nos facilita a vida no nosso dia-a-dia, por vezes penso:que horror não tenho mais espaço no meu apartamento, necessito de um maior!!). Cidade que nos dá o prazer de podermos sentir o prazer de subir/descer nos maravilhosos elevadores de Santa Justa, do Lavra, da Glória e da Bica.

Atrás escrevi que “ando numa cidade completamente abandonada” e quando digo abandonada refiro-me a quê:

  1. Construções lindas que aos poucos estão a “morrer” , que quando chove soltam as suas “lágrimas” pelas suas velhas paredes, que “sofrem” porque elas próprias libertam pedaços do seu “corpo” na esperança de chamarem a atenção a quem passa e que olhando para elas diga: necessita de uma reconstrução, não as podemos deixar morrer! São lindas!

  2. Porque alguém se esqueceu de algo belo que temos que são os nossos Jardins, queremos a reabilitação dos mesmos, para que possamos voltar a dar longos passeios, porque temos saudades de sentarmos-nos nos bancos dos jardins a ler, a conversar e até mesmo namorar. Não queremos ouvir o ranger das árvores e o abanar das flores a dizerem: trata-me! Porque não queremos ouvir o jorrar dos bebedouros que dizem baixinho: não te esqueças, ainda dou água! Não queremos ouvir o sussurrar dos bancos que dizem: senta-te estou assim, mas não estou “velho”! Queremos sim Jardins tratados, jardins cuidados, jardins alegres, jardins aonde as crianças da nossa cidade possam brincar alegremente, que a quantidade enorme de idosos possam usufruir dos mesmos sem medos! Queremos! Queremos!

  3. As saudades que eu tenho de andar na estrada e sentir aquele tracejado branco com o seu sorriso feliz e olhando para ele parece que diz: olá bom dia! boa tarde! e boa noite! Sabes estou contente por te ver passar por aqui diariamente e sabes sei quando estás triste ou contente, diz ele baixinho: sei quando estás contente quando conduzes mais depressa, o rádio vai mais alto e vejo-te a dançar! Sei quando estás triste quando conduzes mais devagar e o radio vai silencioso e não te vejo a dançar. Não te esqueças que quando deixar de sorrir, estiver “tracejado contínuo” é porque estou triste e não me pises. Mesmo naquelas alturas que te via triste, sempre te via, agora não, não sei o que se passa, pois fugiste, não disseste nada, simplesmente desapareces-te e porquê? Fazes-me falta, especialmente naqueles dia de chuva intensa, que pitosga como sou, não consigo ver se já estou no outro lado da estrada, se vou direi tinha na minha faixa....tenho saudades! Regressa! Volta para podermos fazer uma festa e ver que estás feliz assim como eu ficarei quando te vir.

Senhor Presidente! Senhores Vereadores! Senhores Doutores! Senhores Arquitectos! Senhores Engenheiros! Não queiram só estar dentro de 4 paredes, saem para ver o que se passa na nossa cidade, como ela chora, como ela necessita de vocês, sim porque nós cidadãos normais não temos forma de a ajudar a única forma de o fazermos é passear por ela e fazê-la sentir que mesmo assim ainda a amamos!

Qualquer ainda vou ler o seguinte: estás sempre a dizer mal do País, porque é que não te vais embora? Para que não haja dúvidas eu informo que adoro o meu país, acho que não estou a dizer mal, mas sim a contar algumas realidades do que se passa à nossa volta e as quais não podemos ficar calados e como não sou Presidente, Ministro, Deputada, Vareadora, a única forma de demonstrar o meu desagrado é mesmo aqui.    

Nota: factor muito importante, recuperar todos os bairros, recuperar todos os espaços verdes, recuperar casas degradadas, museus em decadência, e sobretudo não se preocuparem em dar casas a quem não necessita, não prometer que fazem este mundo e outro tanto e depois não cumprem nada do prometido!




3 left hand:

Girl in the Clouds disse...

Lisboa é uma cidade linda!!
Não e dizer mal, são verdades!! kiss

Nowe disse...

Querida Canhota;

AH! POETA!!
Ainda dizes que escreves mal!! Ora essa! ;)
Beijinho muitooo grande e um excelente fim-de-semana*

Nirvana disse...

Tenho muita pena de não conhecer melhor Lisboa. Já me prometi a mim própria tratar de compôr isso ;)

Eu também gosto muito do meu país, mas isso não impede de vermos o que não está bem.

Bjks